A Renovação do Setor Alimentício Após a Pandemia de COVID-19
- 6 de julho de 2020
- By Jacky Marolleau
O ano de 2020 foi bastante agitado para as economias, sociedades e organizações do mundo todo. Na linha de frente da batalha contra a COVID-19, nenhum setor, salvo o da saúde, esteve tão presente como o da alimentação, que garantiu que bilhões de pessoas vulneráveis do mundo inteiro pudessem abastecer suas despensas durante o confinamento.
Não é nenhuma surpresa que, tendo estado tão próximo à linha de frente na luta contra a pandemia, o setor alimentício atual seja muito diferente do apresentado no início do ano passado. Agora, quando o comércio varejista não essencial volta a atuar com força em muitos países do planeta, chega o momento dessas empresas realizarem um balanço de suas conquistas até a data e se perguntarem do que se trata a “nova normalidade” e como os varejistas do setor alimentício podem responder às novas expectativas dos consumidores no futuro.
Em primeiro lugar, é evidente que a COVID-19 mudou o aspecto e o funcionamento dos supermercados de todos os tamanhos: corredores mais largos (quando possível); limpeza mais frequente de refeitórios e banheiros; mais pagamentos realizados com cartões e sem contato (o que poderia levar os supermercados a serem os primeiros ambientes sem o uso de notas de dinheiro da sociedade); menos unidades de manutenção de estoque em cada centro e venda de mais produtos frescos previamente embalados (para reduzir o risco de transmissão por contato das frutas e verduras avulsas).
Em segundo lugar, o surto de COVID-19 teve um impacto fundamental na psicologia que explica como e quando os consumidores adquirem mercadorias hoje. Segundo um relatório digital recente da Adobe, publicado na Forbes[1], a pandemia acelerou o crescimento do comércio eletrônico em até seis anos, o que levou a um aumento da cota global do e-commerce gerenciado por dispositivos móveis e a um incremento considerável dos sistemas híbridos relativamente novos, como a compra online e a retirada na loja (BOPIS) ou inclusive a retirada em drive-thru.
Além disso, segundo uma análise realizada pela consultoria McKinsey & Company[2], aconteceram mudanças notáveis no número de visitas que os consumidores estão dispostos a realizar em lojas físicas. Como era de se esperar, isso se traduziu em um aumento do tamanho do carrinho de compra, o que reflete a aversão dos consumidores ao deslocamento para comprar em lojas físicas e sua vontade de gastar mais em cada visita para reduzir os riscos que os espaços públicos e os meios de transporte representam.
À medida que a visão tradicional da psicologia e dos hábitos de consumo das pessoas continua mudando para um modelo mais híbrido e pragmático, o setor da alimentação precisa evoluir para se adaptar ao novo panorama. Há, portanto, algumas perguntas-chaves importantes que devem ser levadas em conta: no que realmente consiste a “nova normalidade”? O que isso significará para os fundamentos desse setor do ponto de vista da experiência do cliente e da cadeia de suprimentos?
Há poucos indícios de que a adoção do uso do comércio eletrônico acelerada pela COVID-19 irá diminuir tão cedo. Além da popularidade gerada pelas opções de compra, como a retirada na loja e em drive-thru, o setor alimentício após a pandemia terá que centrar-se em duas áreas principais: proporcionar uma experiência do cliente realmente omnicanal como a base de sua oferta e contar com soluções tecnológicas ágeis e escaláveis que proporcionem às equipes de gerenciamento do armazém, dos centros de distribuição, de suprimentos e de transporte a flexibilidade e a escalabilidade necessárias para que elas se adaptem e inovem.
Apesar de uma boa parte do setor alimentício já estar há algum tempo experimentando um rápido crescimento do negócio no comércio eletrônico, essa cadeia de suprimentos tem enfrentado inúmeros desafios. Em primeiro lugar, com relação aos custos mais altos ao revendedor, o que significa que os varejistas especializados em alimentação precisam recorrer a opções de preparação mais eficientes (às vezes automatizadas, às vezes robóticas) em seus centros de distribuição e de atendimento de pedidos online (dark stores) sempre que possível.
Em segundo lugar, o comércio eletrônico oferece ao consumidor muito mais opções de serviço. Seja em termos de locais de entrega, como em domicílio, retirada na loja, retirada em drive-thru[3] ou sugestões de substituição de artigos em falta no estoque. Todas essas opções requerem o uso de sistemas que possam colaborar e se comunicar desde o nível do inventário básico até a preparação, o transporte, a entrega e as comunicações com os clientes.
Não há nenhuma área do comércio global que não tenha sido afetada pela pandemia de COVID-19, mas, inclusive nessas circunstâncias, existe uma oportunidade de fortalecer e reinventar o setor.
O comércio eletrônico eficaz e os métodos de atendimento híbridos, combinados com verdadeiros recursos omnichannel, ditarão as bases desse processo de renovação do comércio varejista global (incluindo o de alimentação) e seus bilhões de clientes no mundo todo.
Apesar dos desafios que muitas empresas do setor alimentício têm enfrentado ao longo dos últimos meses, a tecnologia continua sendo uma prioridade, segundo as conclusões do renomado relatório[4] anual da Retail Week. Portanto, ao imaginar o futuro que nos espera após o coronavírus, é preciso fazer esta pergunta: as soluções ERP atuais estão preparadas para enfrentar um panorama tão dinâmico e mutante como o que se aproxima para o setor?
Com recursos como o self-service digital, a retirada na loja ou em drive-thru, uma gestão do inventário mais eficaz, uma rápida ativação das dark stores para o atendimento de pedidos online e verdadeiras habilidades omnichannel, as soluções de ponta e as equipes de especialistas da Manhattan Associates (reconhecidas pela Gartner e Forrester há mais de uma década) estão aqui para ajudar você e sua equipe a enfrentar os desafios da “nova normalidade” no setor da alimentação.
[1]forbes.com/sites/johnkoetsier/2020/06/12/covid-19-accelerated-e-commerce-growth-4-to-6-years/#1f0677bb600f
[2]mckinsey.com/featured-insights/asia-pacific/how-chinese-consumers-are-changing-shopping-habits-in-response-to-covid-19
[3]glossy.co/fashion/fashion-brands-are-shifting-fulfillment-to-stores
[4]retail-week.com/technology/retail-2020-technology-remains-major-priority-say-retail-chiefs/7035054.article?authent=1